sexta-feira, 10 de junho de 2011

Deficiencia profunda: o que será?

Por:Constancio Pereira Novinho Nhantumbo

Deficiência Mental Profunda

1. Deficiência Profunda
De acordo com DSM- IV- TR (2002), Deficência Profunda, é toda aquela deficiência que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos.

Existem várias formas de deficiências profundas, que enfermam as pessoas no mundo, podendo destacar as seguintes: Deficiência auditiva, deficiência visual, Sindrome de down, deficiência física, deficiência mental, eristroblastosefetal e outras formas que põem em exclusão aos seus portadores, quando estes se encontrarem em desigualdades de oportunidades no âmbito de exercício ou de uso das suas facilidades nas suas tarefas.

1.1. Deficiência Mental
Primeiramente será abordado a Deficiência Mental de forma geral tendo em conta as características e a sua classificação de forma a que se possa perceber melhor a deficiência mental profunada por esta ser uma classificação da deficiência mental.

Segundo o DSM-IV-TR, a característica essencial da deficiência mental é um funcionamento intelectual global inferior a média, significativamente abaixo da média que é acompanhado por limitações em pelo menos duas das áreas seguintes: comunicação; cuidados próprios; vida escolar; habilidades sociais; desempenho na comunidade; independência para locomoção; saúde; segurança; desempenho; lazer; trabalho; etc. O início deve ocorrer antes dos 18 anos. A deficiência mental pode ter etiologias diferentes e ser considerada uma via final comum de vários processos patológicos que afectam o funcionamento do sistema nervoso central.
1.1.1. A classificação da Deficiência Mental

A classificação da deficiência mental é baseada no critério quantitativo e de acordo com o DSM-IV-TR esta é feita segundo o grau de gravidade da deficiência mental e podem ser especificados quatro graus de gravidade que refletem o grau de incapacidade intelectual:

Deficiência Mental Profunda
1.1.2 Ligeiro
É aproximadamente equivalente a categoria pedagógica “educável”. Este grupo constitui a maioria dos sujeitos com esta perturbação, as pessoas com este nível de deficiência mental desenvolvem tipicamente competências sociais e de comunicação durante os anos pré-escolares dos 0 aos 5 anos, tem deficiências mínimas nas áreas sensório-motoras, e muitas vezes não se distinguem das crianças normais até idades posteriores (QI entre 50-55 até aproximadamente 70).

1.1.3 Moderada
É aproximadamente equivalente a categorai pedagógica “treinável”. A maioria dos sujeitos com este nível de deficiência mental pode adiquirir competências de comunicação durante os anos pré-escolares. Podem beneficiar de treino laboral, e com uma relativa supervisão, adquirem uma certa autonomia (QI entre 35-40 até 50-55).

1.1.4 Grave
O grupo de sujeitos com esta deficiência, durante os primeiros anos da infância, adquirem pouca ou nenhuma linguagem comunicativa. Na idade pré-escolar podem aprender a falar e serem treinados em actividades elementares de higiene, beneficiam forma limitada de instrução em temas pré-académicos, familiariza-se com o alfabeto, aprendem a contar e podem adquirir competências para ler algumas palavras através de imagens (QI entre 20-25 até 35-40).

1.1.5 Profunda
Na maioria dos sujeitos com este diagnóstico, foram identificadas situações neurológicas que conduziram a sua deficiência mental. Durante a primeira infância manifestaram um défice do funcionamento sensório-motor. Com uma relação individualizada e uma pessoa que cuide delas, estas crianças podem atingir um óptimo desenvolvimento, o desenvolvimento motor, as competências de comunicação e de autocuidados podem melhorar se tiverem um treino adequado (QI abaixo de 20 ou 25).

Deficiência Mental Profunda
Psicologia das Inadaptações Sociais 3
2. Deficiência Mental Profunda

Após a classificação da deficiência mental, aprofundaremos sobre a deficiência mental profunda por ser o tema em questão.

Segundo Nielsen, (1999), a dificiência profunda é aquela que causa a incapacidade total de autonomia nas pessoas, cria um coeficiente intelectual inferior a 10 nas pessoas inclusive aos que vivem num nível vegetativo.

Normalmente, a origem desse déficit é orgânica e sua etiologia nem sempre é conhecida. Dos primeiros anos até a idade escolar as crianças com este déficit desenvolvem mínima capacidade de funcionamento sensório-motor. Em alguns casos elas podem adquirir mecanismos motores elementares e uma capacidade extremamente pequena de aprendizagem. Em outros casos nem se alcança este grau mínimo de desenvolvimento, necessitando permanentemente de cuidados especiais.malformação encefálica ou facial;
Existe nestes indivíduos uma persistência dos reflexos primitivos devido à falta de maturidade do Sistema Nervoso Central (SNC), resultando numa aparência primitiva (protopática) da criança. (Ballone, 2004)
2.1 Desenvolvimento do indivíduo portador de Deficiência Mental Profunda
Idade pré-escolar apresenta um atraso significativo em várias áreas e
necessita de cuidados médicos

Na idade escolar denota-se algum desenvolvimento
motor mas muito condicionado;
Na vida adulta o desenvolvimento motor e da fala é
mínimo e os cuidados médicos são uma necessidade.
Deficiência Mental Profunda

2.2. Casos de Deficiência Mental Profunda
a) A trissomia 21 ou Síndrome de Down
É uma condição ligada a deficiência mental, características faciais específicas e hipotonia. As pessoas com esta síndrome têm risco acrescido para sofrerem de doenças cardíacas, problemas digestivos como o refluxo gastro-esofágico ou doença celíaca, bem como problemas de audição. Algumas pessoas com S. Down têm hipotiroidismo. A S. Down tem uma prevalência de cerca de 1 em 800 nascimento

b) A SÍNDROME DE ANGELMAN A síndrome de Angelman foi identificada em 1965 por Harry Angelman que descreveu um grupo de crianças com características físicas e comportamentais semelhantes. Na maior parte destas crianças falta uma pequena porção do cromossoma 15 materno com um conjunto de genes que regulam a produção de uma proteína chamada ubiquitina.

c) A SÍNDROME DE PRADER-WILLI
Esta síndrome, que ocorre pela delecção de uma pequena parte do cromossoma 15 paterno, está por vezes associada ao autismo. As principais características desta condição relacionam-se com a obsessão pela comida, um corpo compacto, órgãos sexuais sub-desenvolvidos e tónus muscular fraco. Devido à obsessão pela comida, a maior parte das pessoas com esta síndrome, são obesas.

d)A SÍNDROME DE WILLIAMS
A Síndrome de Williams caracteriza-se por problemas de desenvolvimento, incluindo físico. As crianças aparentam ser extremamente sociáveis (demasiado), têm dificuldades espaciais e de coordenação motora e na maior parte dos casos deficiência mental. As características faciais são descritas como “ elfos”, apresentam problemas cardíacos, hipercalcémia, baixo peso ao nascer, problemas de alimentação, irritabilidade, alterações dentárias e renais, hiperacúsia e problemas músculo-esqueléticos.
Deficiência Mental Profunda

e) A SÍNDROME DO X-FRÁGIL A síndrome do X-frágil é uma condição genética herdada que provoca inúmeros problemas de desenvolvimento, incluindo deficiência mental que pode variar entre o grau ligeiro, severo ou profundo. Normalmente os rapazes são mais afectados que as raparigas.

f) A SÍNDROME DE RETT A síndrome de Rett é uma perturbação neurodesenvolvimental progressiva que afecta quase exclusivamente as raparigas. A sua incidência é de cerca de 1 em 10.000 nascimentos e é a causa mais comum da deficiência mental profunda nas raparigas.
3. Situação mundial em relação a Deficiência Profunda Conceitualização da deficiência mental profunda
Segundo o DSM-IV-TR deficiência mental profunda é uma perturbação caracterizada por um funcionamento intelectual significativamente abaixo da média que causa uma incapacidade total de autonomia nas pessoas. Dados Estatísticos

Segundo a OMS (1980), actualmente há no mundo um número considerável e sempre crescente de pessoas deficientes. A cifra estimada em 500 milhões vê-se confirmada pelos resultados de pesquisas referentes a diversos segmentos da população e pela observação de peritos. Na maioria dos países, pelo menos uma em cada dez pessoas tem uma deficiência física, mental ou sensorial e a presença dessa deficiência repercute de forma negativa em pelo menos 25% de toda a população.

De acordo com um estudo realizado por peritos no assunto, estima-se que, no mínimo, 350 milhões de pessoas com deficiência profundas, vivem em zonas que não dispõem dos serviços necessários para ajudá-las a superar as suas limitações. Uma grande parcela das pessoas deficientes está exposta a barreiras físicas, culturais e sociais que constituem obstáculos à sua vida, mesmo quando dispõem de ajuda para a sua reabilitação.


4. Impacto da Deficiência Mental Profunda
Quando nasce uma criança portadora de um qualquer tipo de deficiência, todo o sistema familiar sofre com este impacto. Os sentimentos podem tornar-se em superprotecção, com acrescida sensibilidade e negativismo pelo facto de os pais durante a gestação esperarem pelo nascimento de uma criança com características similares à das outras crianças ditas como normais. Perante a deficiência profunda são também comuns sentimentos de ressentimento, revolta (por verem o sofriemento a que a criança estará sujeita durante a sua vida) e muitos pais oscilam entre estes e os de superprotecção.

O facto de a capacidade intelectual e as competências sociais destes indivíduos serem menos desenvolvidas pode ditar a sua rejeição por parte dos companheiros e, consequentemente, pode diminuir a sua auto-estima. Apesar disso, muitos indivíduos com deficiência mental podem viver e aprender segundo padrões de vida normais. (Nielsen, 1999)
4.1 Situação em Moçambique em Relação a Deficiência Profunda De acordo com Cordova (2008) Os Pais de portadores de deficiência mental exigem o fim da discriminação de crianças com este tipo de deficiencia e apelam para a criação de oportunidades para que estas também desenvolvam actividades de geração de rendimento para o seu auto sustento. A ACRIDEME tem um projecto, iniciado no ano passado (2005), de formação profissional e vocacional de crianças doentes mentais em áreas como culinária, serralharia, informática, pesca, mecânica, corte e costura, pintura, entre outros, envolvendo cerca de 90 crianças das províncias de Maputo (no sul), Sofala (no centro), Nampula e Cabo Delgado (no norte). Só no ano passado 34 crianças foram formadas e já se encontram a trabalhar, no âmbito do referido projecto. No projecto, a agremiação tem vindo a trabalhar com o Centro de Formação do Ministério das Obras Publicas e Habitação e com o Instituto de Formação Profissional e Emprego, do

Ministério do Trabalho, para a utilização de infra-estruturas, bem como dos seus recursos humanos para a formação daquele grupo de crianças. Mas estes números estão longe das necessidades. Embora não haja dados em Moçambique, especialistas presentes no seminário indicam que em países do 'Terceiro Mundo', as estatísticas dos deficientes mentais rondam entre os 10 por e 15 por cento da população total. E quanto mais pobre o pais for, mais chances tem de elevar o índice de deficientes mentais.

Moçambique tem apenas uma escola com especialidade para formar doentes mentais, situada na capital do pais, que lecciona um total de 135 crianças. Por regra, cada turma deve ter até o máximo de oito alunos, mas na referida escola especial uma turma alberga ate 15 crianças deste grupo. Segundo o director nacional da Acção Social, António Álvaro citado por Cordova (2008), esta situação poderá mudar nos próximos dias, uma vez que o governo tem estado a criar parcerias com outras instituições de formação profissional para alojar, não só os doentes mentais mas de todas as deficiências para formar estes grupos em cursos profissionais.

4.2. Inclusão do deficientes mentais em Moçambique Entendemos por Inclusão o acto ou efeito de incluir. O conceito de educação inclusiva ganhou maior notoriedade a partir de 1994, com a Declaração de Salamanca. No que respeita às escolas, a ideia é de que as crianças com necessidades educativas especiais sejam incluídas em escolas de ensino regular e para isto todo o sistema regular de ensino precisa ser revisto, de modo a atender as demandas individuais de todos os estudantes.

O objectivo da inclusão demonstra uma evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar alguma diferença ou necessidade especial. Do ponto de vista pedagógico esta integração assume a vantagem de existir interacção entre crianças, procurando um desenvolvimento conjunto, com igualdade de oprtunidades para todos e respeito à diversidade humana e cultural. No entanto, a inclusão tem encontrado imensa


dificuldade de avançar, especialmente devido a resistências por parte das escolas regulares, em se adaptarem de modo a conseguirem integrar as crianças com necessidades especiais, devido principalmente aos altos custos para se criar as condições adequadas. Além disto, alguns educadores resistem a este novo paradigma, que exige destes uma formação mais ampla e uma atuação profissional diferente da que têm experiência. Durante diversas etapas da história da educação, foram os educadores especiais que defenderam a integração de seus alunos em sistemas regulares, porém, omovimento ganhou corpo quando a educação regular passou a aceitar sua responsabilidade nesse processo, e iniciativas inclusivistas começaram a história da educação inclusiva ao redor do mundo.

Dados Estatísticos
Em Moçambique não existem dados estatísticos sobre o número de indivíduos portadores da deficiência mental profunda à semelhança do que acontece com relação às outras categorias de deficiência. Todavia, falar da deficiência mental em Moçambique continua a ser uma questão bastante complicada, onde a grande maioria da sociedade continua a entender este assunto como mito, do qual nem sequer deveria se abordar.

5. Impacto da Deficiência Mental Profunda
Normalmente, as comunidades continuam apontar como causas desta deficiência as seguintes: Como um problema resultante do feitiço, que poderá advir dos vizinhos ou da própria família alargada dos cônjuges por motivo de vingança ou inveja Como castigo de Deus pelo facto de um dos cônjuges ter incorrido em pecados ou ainda devido a pecados cometidos pelos seus familiares Alguém dos cônjuges e normalmente, o pai arranjou drogas tradicionais dos feiticeiros para a família se tornar rica e poderosa nessa comunidade Como resultado de espíritos trazidos pela esposa (mãe da criança), da sua família. Esta interpretação leva muitas vezes a separação dos cônjuges e geralmente a criança portadora de deficiência que é ela que está em causa fica apenas sob os cuidados da mãe.

A esposa, uma vez expulsa da casa do marido devido a esta crinça, ela, poderá até ser marginalizada pela sua família orginária e pelos vizinhos. As pessoas portadoras de deficiência mental, são também tidas como doentes mentais (malucas) e há casos daquelas crianças abandonadas pelos pais e que depois são levadas para os orfanatos onde permacem sem qualquer perspectiva e em idade juvenil são transferidas para os hospitais psiquiátricas, onde permacem como estando em casa definitiva

No geral qualquer que seja o tipo de interpretação sobre as causas do nascimento ou surgimento duma criança portadora de deficiência mental numa família, gera sérios embaraços aos pais da criança, que muitas vezes nem sequer sabem como cuidá-la, e ela chega ao ponto de até morrer só pelo motivo de não saberem como alimentá-la Embora não existam dados referentes à essa matéria, pode-se induzir que devido à razões de a ausência de conhecimentos por parte dos pais sobre como lidar com este tipo de crianças,aliado a escassez de infra-estruturas e pessoal sanitários adequados, muitas destas crianças morrem ainda numa idade precoce e não chegam à idade de adulto .

6. A Inadaptação Social e a Deficiência Mental
Há uma relação, sim entre a deficiência profunda porque esta cria uma debilidade e falta de autonomia nos indivíduos que a possuem, fazendo com que estes em alguns casos se sintam inadaptados no meio em que se encontram. A psicologia de Inadaptações Sociais com as suas estratégias poderá intervir de forma a fazer com que estes não se sintam e não sejam estigmatizados contribuindo desta forma na elevação da sua auto-estima e um bem- estar-emocional dos pacientes.

A Psicologia das Inadaptações Sociais tem como um dos seus objectivos meios de diagnóstico e intervenção em casos específicos como a deficiência mental profunda e forma a
participação em grupos de intervenção e programas de auxílio pode ser de muita ajuda aos pais de deficientes, pois auxiliam no incremento de informações e dos recursos de enfrentamento e adaptação, gerando a possibilidade de compartilhar suas vivências com outras pessoas que convivem com uma realidade parecida. Se houver dificuldades para lidar com o

nascimento de um filho deficiente, os pais devem procurar o auxílio de um psicólogo quando julgarem necessário para a adaptação à rotina da deficiência, visando à melhor qualidade dos vínculos familiares.
Outro ponto fundamental para a psicologia das inadaptações sociais é perceber que as famílias cujas crianças são deficientes não serão, necessariamente, problemáticas, desde que algumas condições sejam consideradas, entre elas o apoio familiar, económico e social. Ter um irmão deficiente não significa ter problemas, pois as relações entre irmãos dependerão da estrutura familiar, das crenças da família sobre deficiência, da ordem de nascimento, da idade das crianças e do nível socioeconómico da família. Trata-se de uma vivência que compreende aspectos negativos e também ganhos. O risco da ocorrência de distúrbios coexiste com a possibilidade de crescimento, fortalecimento e maturidade dos indivíduos e seus vínculos.

7. Formas de Intervenção
Apesar de a deficiência mental ser permanente e irreversível, há autoridades nesta área que defendem a possibilidade de prevenir a ocorrência de 50% dos casos. Os rastreios de rotina e a imunização da mulher antes de ocorrerem transfusões durante a gravidez e ao nascimento da criança ajudariam a prevenir o aparecimento do tipo de deficiência mental que é causada por doenças sanguíneas devidas ao factor Rh. Se afectada durante a gestação pela incompatibilidade do factor Rh, a criança deve, ao nascer, sofrer uma transfusão de sangue imediata.

De acordo com Ballone (2000), no desenvolvimento de um indivíduo deficiente, deparámo-nos com várias dificuldades, sendo elas: psicomotoras, sensoriais, nas relações sociais, de autonomia e de linguagem. No momento de planificar qualquer intervenção educativa, devemos pensar nessas dificuldades e, consoante as possibilidades e limitações de cada indivíduo, estabelecer o programa mais adaptado. Além de conhecer o estado geral do seu desenvolvimento e as dificuldades específicas apresentadas, deveremos atender também às capacidades de aprendizagem de cada um, para evitar que objectivos educativos não sejam nem demasiado exigentes, a ponto de o aluno não poder atingi-los, nem tão simples, que não favoreçam ao máximo o desenvolvimento das suas potencialidades

8. Implicações Psicológicas e Sociais da Deficiência Mental Profunda Para o próprio indivíduo
O indivíduo deficiente é isento de ter responsabilidades, mas ele quer ser responsável e com isso ele se sente inferior, quando faz algo errado é automaticamente perdoado e as pessoas o
tratam com piedade. É visto como um doente permamente que precisa superar a dependência para formar sua personalidade. Os problemas que ele tem com sua aparência causam frustração e em períodos críticos ele se sente inútil, inadequado e fraco. (Tannure, 2010) Para a Família
Quando uma mãe dá a luz a uma criança com deficiência mental sofre um impacto traumático. Educar uma criança com deficiência é uma tarefa pela qual nenhuma família se encontra preparada, nem dentro das suas expectativas.

A criança portadora de deficiência profunda pode causar sérias dúvidas relativamente à função reprodutiva dos pais (pois estes podem sentir medo de terem mais filhos com a mesma deficiência) e estes sentimentos podem afectar outros membros da família, como por exemplo os irmãos. (Tannure, 2010) Para a Comunidade
A pessoa portadora de deficiência ainda é segregada e muitas vezes é afastada das diferentes oportunidades que a sociedade oferece ao indivíduo dito normal. A postura clássica tem sido de afastar e colocar esses indivíduos a margem da sociedade. Quando surge uma criança portadora de deficiência mental numa família, isto, tem originado grandes problemas aos pais, os quais se sentem muito penalizados e muito frustados sem saber o que fazer em relação à essa criança para além de que normalmente, a família corre o risco de ser rejeitada, marginalizada e até estigamatizada pela comunidade, na qual vive.


Referencia Bibliografica
Referências Bibliográficas
Bautista, R. (1993). Necessidades Educativas Especiais. Lisboa: Dinalivros
Cordova, M. (2008). Os deficientes mentais. Disponível em http://turmavr.blogspot.com/2008/06/deficiencia-mental e acessado em 01.11.2010.
DSM-IV-TR (2002). Manual de Diagnóstico de Perturbarções Mentais. 4ed. Lisboa. Editora Climepsi.

Kirks, S. Gallacher. (2002). educação de criança excepcional. São Paulo: Martins Fontes

Messa, G (2007).Pais, filhos e deficiência: estudos sobre as relações familiares. Disponível em http://pepsic.homolog.bvsalud.org/scielo.php? E acessado aso 01 de Novembro de 2010.

Nielsen, L. (1999) Necessidades Educativas Especiais na Sala de Aula: Um Guia para Professores. Porto Editora: Porto.

Tannure, C. (2010). Implicações Psicológicas da Deficiência Mental. Disponível em http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/48976472.html acessado aos 25 de Setembro de 2010 pelas 11 horas.
INE- Institutito Nacional de Estatística (2008). Disponível em http://www.ine.gov.mz/censos_dir/recenseamento_geral/estudos_analise/pai acessado aos 21 de Setembro de 2010 pelas 17 horas.

1 comentário: